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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Orientado a resultados? Mesmo?

Independente da história que contamos a nós mesmos para comprovar a crença de que somos ou não produtivos, que somos ou não orientados a resultado, faço a pergunta.
Você é mesmo orientado a resultados?

E quais resultados são estes de fato?

Eu posso afirmar que por mais linda que seja sua história sobre os resultados obtidos, você sabe que eles não representam o seu potencial.
Aliviamos nossa consciência justificando e embelezando nossos resultados e isso funciona, as vezes, até mais do que acreditamos ser possível, certo?

Mas se os resultados que temos não são os resultados que gostaríamos de ter, o que houve então? Qual é a desculpa ou o que houve?

Desculpas? Culpa da situação? De outros? Do governo? Ok. Eu entendo. Mas todas as vezes?

O que realmente precisamos aprender, construir, alavancar para que de fato, o resultado de nossas ações seja pleno o suficiente para que de fato represente nosso potencial?

É comum encontrar pessoas que reconhecem que seus resultados não refletem seu potencial, e geralmente estas não também não sabem como fazer para melhorar. Desenhar o que poderiam ter feito de diferente se, encontrassem situações similares novamente é relativamente fácil, mas alguém realmente repensa seus atos? Quantos de nós realmente reavalia as ações durante um dia, um mês, um projeto, um período?

E não somente no sentido profissional, mas pessoal também.
Você tem o corpo que gostaria de ter? E os relacionamento, faz a sua parte?
De um modo geral, a vida é como gostaria que fosse se utilizasse o seu potencial?

E se você soubesse do que é capaz, se soubesse como utilizar suas habilidades plenamente. O que seria possível atingir?

Neste momento poderíamos nos considerar orientados a resultado, talvez?

terça-feira, 15 de abril de 2014

A dor da ação

A DOR DA AÇÃO

Action
Sonho: por definição cultural denominamos sonho tudo aquilo que gostaríamos que fosse realidade, mas acreditamos que não é possível.
E se fosse possível, qual é realmente seu sonho?
E se fosse possível, qual seria o seu primeiro passo? Aquele que depende exclusivamente de você e mais ninguém?
Por que dói agir?
Agir não é, muitas vezes, o simples ato de se levantar da cadeira e começar a fazer algo. É mais profundo que isso e requer uma forma de pensar que assusta muita gente de forma muito pessoal e as vezes inconscientemente.
A dor da ação geralmente vem acompanhado de pensamentos íntimos tais como:
"Se eu agir e não conseguir! A quem vou culpar?"
"Se eu agir e conseguir! Por que não fiz antes, posso pensar, como vou viver sabendo que por tantos anos só dependia de mim?"
"Se eu agir, conseguir e não ser o que eu esperava? Terei destruído um sonho, que enquanto sonho, é importante para mim. Como lidar com tanta expectativa frustrada?"
Agir requer consciência e consciência só vem com responsabilidade. Quem assume verdadeiramente a responsabilidade por sua vida, seus sonhos, seus planos, não dá desculpas e não terceiriza esta responsabilidade. Esta pessoa passa a buscar cada vez mais, formas de realizar o que se propõe a fazer, seja para si mesmo ou para o grupo.
E neste momento, a dor da ação passa a dar lugar para um forte sentimento realizador. "Se eu sou o responsável e depende somente de mim, como eu vou resolver?"
A nossa dor em agir as vezes é tão profunda que não enxergamos as inúmeras formas diferentes para se resolver um problema e atingir um objetivo real. E quando damos espaço para negar as possibilidades de realizar algo, damos também espaço para terceirizar a responsabilidade de nossas realizações, passando a chamar de "sonhos" tudo aquilo que não estamos verdadeiramente determinados a realizar.
Infelizmente existe uma formula que impede nosso sucesso individual com esta postura. Valor = Participação. Ou seja, o resultado de nossas ações é exatamente proporcional a nossa participação. Se de fato estamos presentes, pensantes, ativos e determinados o resultado será obtido, em tudo. A partir do momento que dividirmos nossa participação com o medo, insegurança, desculpas, terceiros, nosso resultado estará fadado ao fracasso, pois não estamos de fato participando desta responsabilidade.
A máxima "O que você toma para ser feliz? Decisões!" é válida para qualquer área em nossa vida. A expectativa sempre estará fundamentada em possibilidades falíveis e a partir do instante que tomarmos a decisão de agir, a necessidade da expectativa estará fundamentada no resultado de nossas ações. É aqui que a mágica acontece.
Como seres humanos, culturalmente, temos no fundo apenas duas formas de motivação, dor ou prazer. Mas se rotularmos nosso objetivo de "sonho" estamos também subconscientemente assumindo que o "sonho" não irá acontecer e que o prazer não depende de nós. Então só resta a dor para movimentar a motivação.
Se você que lê este argumento está feliz com sua vida da maneira como está e toma as decisões para mudar o que quer mudar, parabéns! Agora se você lê e espera uma fórmula mágica que mude sua vida assim como a possibilidade de um prêmio de loteria ou a prisão de políticos corruptos para reduzir nossos impostos, para estes eu faço uma pergunta.
Se você não agir em função de seus objetivos, quanto isso vai te custar daqui 1 ano? E daqui 20 anos? Você tem todo este tempo para esperar?
Calma, também não precisa agir impensadamente já, um passo de cada vez dia a dia faz milagres em nossa vida. O resultado depende exclusivamente de nossa participação nela. A terceirização desta responsabilidade também terceiriza para o acaso o sucesso de nossos planos.
O que exatamente esperamos para mudar isso?
Agir dói, dói porque depende exclusivamente de nós independente do credo, idade, sonho, situação financeira, etc.
Claro que para agir é preciso tomar a decisão de buscar aquilo que realmente é importante para você. Ter dinheiro não traz absolutamente nada, mas se é necessário ter dinheiro para fazer o que você sonha em fazer, então, é realmente do dinheiro que você precisa?
Dia a dia, mês a mês, ano a ano, a falta do dinheiro ou qualquer outro motivo que repetidamente nos convencemos nos ultimas anos será realmente a culpa por não realizarmos nossos objetivos?
Pense nisso, passo a passo, dia a dia. Você pode mudar e a dor não precisa existir.
Daniel Carnielli

Insumo da Vida

Agua, substancia química composta de hidrogênio e oxigênio essencial a todas as formas de vida conhecida na Terra e fora dela. Sim, fora dela, por ser nosso padrão de elemento base da vida é a água que buscamos nas missões fora do planeta como referencia se há ou não vida.

Agua, elemento base que se torna referência para medidas. O litro e o quilo são originalmente medidos a partir da água, enquanto que o primeiro mede a quantidade, o segundo o peso, de água e aplicado a todos os elementos mensuráveis em quantidade ou peso existentes.
Também na temperatura, a medida Celsius (denominada por Anders Celsius em 1742) determinou usou a água como referência para a medida de temperatura, sendo que, no ponto 0C se altera do estado de liquido para sólido e no ponto 100C se altera do estado de liquido para gasoso.

A agua que escoa no sentido horário no polo norte e anti-horário no polo sul e também tão eficiente na separação do urânio contendo seu poder radioativo de nós, nos dá a certeza de seu potencial, sua exclusividade, que enquanto liquido, se molda a qualquer recipiente e a ele não resiste, porém preenche todos os espaços disponíveis, poucas forças na natureza são tão eficientes quando o leito de um rio em direção ao mar.

Entre diversos estudos a água, também é utilizada como referência por diversos artigos, nas artes marciais por exemplo é usada constantemente como referência em função da sua característica liquida e naturalmente límpida de se moldar ao ambiente. “be water my friend” Bruce Lee.

Pensando analogamente, se na nossa vida nosso relacionamento fosse tratado como água, entenderíamos que a natureza do aprisionamento só leva a propagação de organismos que vão apodrecer a água até o momento que ela não serve para mais nada. Pura, constante e límpida enquanto livre passaria a ser podre, desnecessária e inútil.
Mas ao mesmo tempo, mesmo livre é necessária para nossa sobrevivência.

Se pensarmos em nossa vida financeira e compararmos com a água, pensamos que dinheiro parado não faz nada, mas enquanto em movimento ele traz a vida! Assim como a agua, que se acumulada, também tem sua utilidade, mas se acumulada sem objetivo apodrece.
A fluidez é necessária para a preservação saudável da água e do dinheiro e ambos só devem ser “desviados” para nossos interesses quando a finalidade está relacionada a nossa vida! Um grande objetivo muitas vezes precisa precisará de dinheiro, mas como alimento para permitir a construção, a criação deste objetivo. O simples acumulo de ambos, sem objetivo, nunca trará equilíbrio e nunca trará a realização.



Viver em função de acumular riquezas por si poderia ser compreendido como viver para acumular água. A mesma água que sem ela não construímos, não nos alimentamos e sequer conseguimos viver não serviria para nada se acumulada sem um propósito.

O dinheiro como água em nossa sociedade precisa do dinamismo, da troca, da circulação, para que seu valor seja de fato validado. O mesmo dinheiro que é métrica de poder, de riqueza individual, utilizado para medir entre nações ou pessoas o potencial de seus possuidores, o mesmo dinheiro que também é elemento de definição de qualidade de vida por tantos, muitas vezes tratado como água no deserto por aqueles que estão com sede de viver melhor, de viver algo que não vivem hoje.

Dinheiro como água então me parece uma analogia muito válida de como acumular riquezas não define o qual positiva fora sua vida.

A fluidez é a chave para entender que tanto para a água como para o dinheiro, nossos objetivos não podem estar presos no que na verdade não passa de insumo para nossa realização. Se nossos corações clamam por realizações, sucesso, amor, plenitude e felicidade, não é no acumulo do insumo que ele será satisfeito, assim como não é no acumulo de água que a sede se extingue. O resultado do acumulo resolve nossa ambição a curto prazo apenas, mas a medida que a água apodrece ou que nossa satisfação pelo acumulo do insumo perde sentido, sentiremos a falta do que realmente faz falta, da realização dos objetivos que poderiam ser construídos com aquele insumo.

A sede nada mais é que a nossa fisiologia clamando pela falta do que é essencial a nossa sobrevivência. Mas a partir do momento que nossas necessidades básicas forem supridas, nossos anseios passarão para os próximos passos, que como Abraham Maslon explica majestosamente na conhecida Piramide de Maslon (1943), que a medida que satisfazemos a base dos elementos de sua pirâmide, vamos subindo até a tão clamada Auto Realização.

A questão é que o dinheiro, que para alguns responde a questão segurança, para outros segue até a auto realização na verdade não é elemento de realização. Ninguém conseguirá se realizar com dinheiro assim como não se realizam com oxigênio. Mesmo crenças como “Com dinheiro eu compro o que me faz feliz”, ainda assim se torna sem propósito porque “aquilo que seria comprado”, o indivíduo nem sabe o que é.

A questão lúdica de primeiro ter o insumo para depois pensar no objetivo é tão aprisionante que faz com que tantos busquem formulas mágicas de resultados financeiros imediatos para justificar o objetivo de sua existência, de suas ações. Nem a loteria, nem a riqueza espontânea, nem a pobreza são fatores determinantes de realização pessoal. Assim como muito bem explicado por Martin E. P. Seligman em seu livro, Felicidade Autentica. A formula para a felicidade não consiste em ter dinheiro.

Mas para se atingir um fim, com tanta intensidade, é preciso viver uma vida bem vivida, uma vida pela qual você, individualmente e respeitando seus valores, possam ter orgulho destas conquistas. Viver a maior aventura de sua vida, viver seu maior sonho, viver. Para construir o legado (deixo claro que não falo sobre bens ou posses) do qual você individualmente tenha orgulho, é preciso entender que o dinheiro é como água e só será útil como insumo para a realização de seus objetivos.

Como dito por Thomas Edward Lawrence na conhecida aventura Lawrence da Arábia, “Existem dois tipos de sonhadores. Existem aqueles que sonham enquanto dormem, mas também existem aqueles perigosos sonhadoras que vivem seus sonhos”. A estes certamente a água, o dinheiro, o acumulo ou qualquer forma aprisionante de satisfação momentânea certamente nunca foram seus objetivos. A estes, por certo, cada um a sua forma aprenderam que é na fluidez que se constrói a vida pela qual vale a pena ser vivida, naquela em que é possível, de fato, viver seus sonhos.

Daniel Carnielli

terça-feira, 22 de maio de 2012

Aprender...

Aprender.
Como habilidade nos diferencia de outras formas de vida e mesmo entre nós, na sociedade, é um grande diferencial humano.

Aprender é uma habilidade incrível, algo sem o qual provavelmente sequer sobreviveríamos e certamente é através desta habilidade que nos diferenciamos de outras formas de vida, dificilmente nosso instinto puramente seria suficiente para garantir uma vida confortável no mundo moderno.
Esta habilidade nos diferencia na sociedade, pois aquele que mais sabe é valorizado por seu conhecimento, seja um conhecimento especifico ou não.

Agora se aprender nos traz tantos benefícios, porque é tão difícil!? Porque resistimos tanto?

O aprendizado é um processo individual, um processo solitário e ativo onde nosso cérebro desenvolve, cresce buscando uma solução a um determinado tema. Neste momento damos a nós mesmos uma preciosa oportunidade de buscar e construir uma saída há um problema.
Se este processo individual acontece livre de influencias diretas de outras pessoas, então passamos por uma descoberta e crescemos com ela.
Estes novos caminhos que os impulsos elétricos criaram em nosso cérebro o ensinou, a partir de então, a tratar qualquer assunto semelhante da mesma maneira, por isso temos a tendência a usar um mesmo padrão de pensamento para diversas dificuldades a serem superadas.

A soma destas "soluções" adotadas por nos mesmos, chamamos de experiência. E é ela que nos trás o valor que tanto buscamos reconhecimento na sociedade.
Se isso é tão importante, refaço a pergunta. Porque é tão difícil aprender?

Aprender em essência é um processo solitário onde nós podemos ou não permitir que pessoas ou outras fontes de conhecimento nos auxiliem. Mas não aprendemos nada somente ouvindo, absolutamente nada somente lendo e menos ainda somente assistindo aulas. Passamos a aprender apenas quando nos permitimos a buscar as soluções para os problemas propostos e neste processo talvez possamos até encontrar as mesmas soluções que outros encontraram, mas quando internamente buscamos estas soluções, na verdade estamos nos permitindo percorrer o mesmo caminho.
Mas isso seria bom!? Depende.
Resolver o problema é importante, mas também é importante crescer com a dificuldade. Se esta solução permitir ambos, então é uma boa solução.

Então, porque é difícil aprender? É difícil porque é doloroso e não queremos nada doloroso. Aprender precisa partir do principio de que não sabemos, com o tempo, estranhamente criamos uma resistência quase inconsciente em assumir que não sabemos de algo. Então a primeira dor a ser superada esta em assumirmos para nós mesmos que não sabemos. Na seqüência, aprender continua doloroso porque temos que superar a confusão por não saber. Isso mesmo! Temos que organizar as informações deste novo conhecimento e desenvolver fisicamente em nosso cérebro os caminhos que "liguem os pontos" e façam destas novas informações algo com sentido e aproveitável. É doloroso, é difícil e só podemos fazer sozinhos, mas também só precisa de um único elemento chamado vontade.

Existe uma forma mais fácil para superar isso? Talvez se alguém nos explicasse faria sentido? Mas então, porque não gostamos quando nos explicam?
Poucos gostam de ouvir soluções de outras pessoas antes que as perguntemos e isso acontece por um motivo justo e natural. Esta em nosso subconsciente buscar a solução e quando alguém interrompe este processo de busca, antecipando a parte "perguntar a outro", é como se interrompesse nosso processo de aprendizado.
No fundo, ha um certo egoísmo em ensinar, porque quase sempre acabamos por querer que a nossa "solução" seja adotada como se fosse a única maneira "correta" de se resolver algo.
O que fazemos na escola é, sob insistência, permitir que vejamos o professor como uma fonte de conhecimento. O ruim é que aprendemos também a limitar nossa experiência e expectativa de conhecimento restringindo a sua única perspectiva, muitas vezes sem criarmos nossa própria perspectiva.

A melhor forma de ensinar talvez seja dar acesso as ferramentas para aqueles que buscam aprender. Ensine a pescar e deixe que tanto os méritos quanto a maneira, cada um explore a sua forma.

Portanto, para de fato aprendermos algo, não precisamos buscar professores literalmente falando.
Precisamos querer encontrar soluções e permitir conhecer e analisar as soluções já encontradas, mas ainda assim, tentar encontrar a nossa forma individual de solução.

Existe uma máxima que diz "quando o aluno esta pronto, o mestre aparece". Na verdade o mestre sempre esteve disponível, mas apenas o aluno pronto consegue vê-lo em meios as oportunidades de informações que constantemente temos acesso.

Segundo a revista Você S/A, "As coisas aprendidas durante o trabalho, que não exigem parar para estudar, representam de 70% a 90% do conhecimento de uma pessoa".

Aprender é a maior e possivelmente a mais importante habilidade que podemos desenvolver.

Se engana mortalmente aqueles que acreditam já saberem de algo. Estes estão simplesmente limitando suas perspectivas de conhecimento as experiências que já possuem, ou seja, se aprender é um processo onde o cérebro desenvolve novas sinapses neurais, estas pessoas que acreditam que sabem, estão na verdade bloqueando seu próprio desenvolvimento.

Permita-se não saber. Permita-se ter um mundo a descobrir e você verá o quanto você ainda não sabe. Permita-se ser ferramenta para o desenvolvimento de outros que realmente busquem aprender e não ferramenta para a limitação de outros que não buscaram aprender.
Não é fácil, mas trará muito mais crescimento a todos a seu redor, incluindo você mesmo.

Os bons professores, acabam sendo não somente aqueles que possuem grande conhecimento, mas aquele que consegue despertar em seus alunos a vontade por aprender. Sejam com técnicas modernas, carisma ou simplesmente compartilhando sua própria paixão pelo tema. Estes professores sempre terão um índice melhor de aproveitamento de seu conteúdo.

Autor: Daniel Carnielli com referencias a matérias da revista Você S/A, Superinteressante e no trabalho de Luis Fernandes através do LPHSolution.com.br.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Tudo é urgente!?

Se você trabalha em uma empresa onde tudo é urgente, certamente se deparou com situações freqüentes onde o contigente de equipe não é suficiente para atender toda demanda. Certo?

A saída mais rápida para estas situações é apelar para aumentar a equipe (ou a capacidade de vazão destas demandas), aparentemente isso resolve o problema do contingente, mas resolve mesmo o problema da urgência? Não estaríamos criando um novo problema?

Vamos ao básico, a origem do problema. O que é urgente?
Antes de algo se tornar urgente ele já foi necessário, depois de necessário, passou a ser importante e então urgente.
Urgente = carrega prejuízos financeiros reais e já presentes.
Importante = Trata a demanda que visa evitar prejuízos futuros. Quando não resolvida, certamente será urgente.
Necessário = Melhorias que quando realizadas podem significar ganho de produtividade ou diminuição de despesas.

Agora, se o problema já é urgente e não passou pelas etapas anteriores, podemos constatar uma falha de processo. Quem deveria ver as oportunidades antes de se tornarem necessidade não viu ou não administrou de maneira eficaz. Isso pode acontecer eventualmente, mas como regra, demonstra uma falha de gestão grave.

"Se tudo é urgente então nada é".

Aumentar a equipe para atender a falta de planejamento reflete em aumento de custo operacional, inchar a empresa sem necessidade somente comprovará a falta de planejamento de seus gestores. Corre o risco de criar uma bola de neve onde sempre mais e mais pessoas são necessárias para atender algo que na verdade é uma falta de planejamento.


Apertar sua equipe para que ela resolva a confusão que a gerência não resolveu, só aumentará a insatisfação da equipe a fazer um bom trabalho. Em ambientes caóticos o líder é fundamental e este neste momento precisa assumir a liderança e resolver os conflitos, não pode delegar esta responsabilidade há uma equipe inteira.


Quando a situação está caótica tudo parecerá urgente. Neste momento é preciso cuidado para agir e criar controles administrado especificamente por seus líderes. Controles estes que possuem um único objetivo, mapear a origem da urgência. De onde vem tais demandas, porque elas viraram urgente, como resolvemos cada demanda e como é possível resolve-las com menor estresse?

Uma boa maneira de atacar este problema é organizar os processos que dão origens as urgências, para isso é preciso identificar o padrão de tudo que se torna urgente e organizar o processo do começo ao fim, otimizando suas atividades com organização.

O reflexo desta mudança será que as pessoas envolvidas nestas "urgências" passarão a ter menos atividades, consequentemente será necessário rever o quadro ou as funções da equipe envolvida depois disso e você, como um bom gestor, terá a certeza de que está fazendo bons usos de seus recursos (leia-se tempo e mão de obra capacitada, não pessoas).


Ser um bom gestor também é saber gerenciar com eficiência os recursos que possui. Se tudo é urgente na sua equipe, nada será urgente de fato, nenhuma prioridade será importante e sua equipe não apoiará suas decisões, apenas farão o que é mandado, pois nunca dará tempo de fazer tudo mesmo.

domingo, 25 de julho de 2010

Reuniões tensas

Há certo tempo atrás participei de uma reunião onde uma empresa com quem tentávamos fazer uma parceria iria nos apresentar sua proposta.
Teóricamente uma reunião tranquila e usual, onde depois de avaliar a proposta poderiamos simplesmente aceitá-la, solicitar mudanças ou nega-lá.

Durante a reunião constatamos que os pedidos feitos nas reuniões anteriores que definiriam o escopo do projeto foram ignorados e a proposta não continha o principal item do acordo, entre questionamentos entraram argumentações e alguns foram interpretados como pessoais o que radicalizou em absoluto a reunião.

O encerramento da reunião se deu por um completo encerramento de qualquer possibilidade de negociação por ambas as partes. O que poderia ser uma parceria valiosa para ambas empresas, possivelmente por problemas apenas de EGO não passou de um grande desperdício de tempo e oportunidades.

A lição que tenho deste episódio é que não importa como está a reunião, todos tem o dever de se portar demonstrando respeito e ser digno dele. Não tomar nada para o pessoal é extremamente importante, afinal estamos tratando de assuntos profissionais apenas. Saibam valorizar suas posições pessoais o suficiente para evitar colocar seus valores em cheque quando alguma instituição é contra eles.

Para evitar estes desconfortos o principio básico da comunicação ajuda muito. Temos que nos atentar a interpretar mensagem enviada pelos interlocures de forma racional, responder apenas as perguntas feitas, cuidados com antecipações e o respeito mútuo entre os profissionais ali presentes. Mesmo sem conhecer o histórico pessoal, ninguém nasce sabendo, portanto até chegar ali todos tiveram suas experiências que podem ser de muito valor ao objetivo em comum.
Você ali representa muito mais que sua pessoa, representa a entidade para qual trabalha e os interesses envolvidos, mantenha sempre isso em mente a cada palavra proferida.

Temos em alguns momentos a tendência a deixar nosso temperamento afetar as relações, é importante tomar cuidado com isso, para assuntos racionais muitas vezes as emoções atrapalham mais do que ajudam.

Daniel Carnielli.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Eu aceitei, agora sumo

Vocês já se depararam com aquela situação onde contamos com a ação de uma determinada pessoa, algo certo, invariável, e no ultimo instante esta pessoa fura?

Seria anti-ético quebrar o protocolo e não cumprir um acordo?
Não vou entrar no mérito das variantes que a palavra ética representa, mas em absoluto, quebrar sua palavra não é algo saudável tanto na vida pessoal quanto profissional.

Há pouco tempo atrás entrevistei um profissional que era 100% de acordo com a vaga que teria no time na época, após entrarmos em um bom acordo sobre remuneração, benefícios e condições acertamos a data de início. No dia esperado nem sequer uma notícia, uma desculpa, nada.
Soube por pessoas próximas que a pessoa recebera uma proposta melhor e portanto desistiu da vaga.
Não seria de bom grado avisar?
Vamos considerar as opções. Se tivesse sido avisado entenderia e teria uma reação, talvez uma proposta melhor ou um "boa sorte", mas o ético estava a salvo. Sem o aviso a unica opção que tenha é entender que a ação não foi correta e foi uma boa esta ter desistido da vaga, poderia me surpreender mais com ações semelhantes no futuro. Certamente no meu networking não haverão futuras oportunidades.

Prazos, compromissos, promessas, devemos honrar com nossa responsabilidade e só assim conquistaremos o respeito de ser levado a sério.

Não se engane com a possibilidade daquele pequeno deslize não chegar a publico, as pessoas comentam entre si e o mundo dá muitas voltas.

Acordos devem ser cumpridos assim como devem ser celebrados de forma clara para todas as partes. Os compromissos devem ser horados.

Estes são valores que nunca devem ser esquecidos.