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sexta-feira, 18 de junho de 2010

Horario comercial faz sentido?

Nos grandes centros, a sociedade expandiu seu horário de atividades, hoje é muito comum as pessoas terem atividades antes e depois do horário comercial, dormimos menos, enfrentamos transito, o tempo ficou escasso.

Será que não está no momento de revermos um costume empresarial de trabalhar apenas no horário comercial?
Será que não está no momento em que as funções, relacionamentos que fazem parte do trabalho e locais não precisem ser melhores aplicados?

Não é verdade que com o uso da tecnologia, muitas funções já permitem que sejam executadas de outros locais? O trabalho nem sempre exige a presença das pessoas, a comunicação pode ser feita eletronicamente ou por telefone, em alguns casos até por video conferencia.
Técnicas de gerenciamento discutem a real necessidade de reuniões, com argumentos de que não são produtivas.

Vamos imaginar nosso dia com horários de trabalho ou locais variados, será que a nossa função exige mesmo nossa presença física?
Não seria mais "produtivo" economizar com o transito e investir no profissional e porque não no pessoal?
Em uma cidade como São Paulo, assim como outras cidades no mundo, esta economia significa uma quantidade expressiva de horas e um valor consideravel gasto em combustivel. Uma pessoa que mora relativamente próxima ao trabalho em São Paulo, gasta em média 1,5hrs diárias somente neste trajeto, estamos falando de 30 hrs mensais aplicadas no transito.
Este tempo é o equivalente a quase 4 dias de trabalho em um mês gasto de forma improdutiva onde não fazemos nada além de esperar.

Acredito que a maior mudança está na nossa cultura, por onde começar?

Não vou sugerir maneiras de minimizar este desperdício, mas deixo a racionalização sobre o problema que todos devemos nos conscientizar a respeito.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Na Arte da Guerra, como encarar os erros

Um livro que precisa ser lido por todos, principalmente aqueles que iniciam nas atividades de liderança é a Arter da Guerra, versão de Sun Tzu.
Traduzido das tábuas escritas no século IV a.c. por Sun Tzu, um dos generais mais influentes da China em um período bélico muito importante para a história do pais.
Embora valha a pena, não vou entrar no detalhe histórico do livro, o importante e surpreendente é constatar como um livro escrito a tanto tempo (mais de 2,4 mil anos) possui ensinamentos tão aplicáveis a vida ainda nos tempos atuais.
Como um grande fã desta leitura, vejo o mesmo como uma bíblia de postura e ensinamentos aplicáveis em vários aspectos da Vida, principalmente corporativa.
A Arte da Guerra oferece uma visão universal sobre conflitos, liderança, sabedoria em momentos críticos e postura.


Na constante de um novo gerente, um dos principais desafios é lidar com a pressão dos erros. Erros que muitas vezes são resultado de má informação por seu executor, falta de comprometimento, falta de foco no que realmente interessa para a empresa ou situação, etc.


E a pergunta que devemos nos fazer é, como assumir este erro e resolvê-lo sem apontar culpados?
Muito é dito sobre como motivar a equipe, como treinar, como aumentar a responsabilidade, etc. Mas é fato que, erros irão acontecer.


Um gerente é um general e tudo que é executado pelo seu time é sua responsabilidade. Apontar os culpados traz muito além dos aspectos humanos de desconforto que a ação causa, demonstra uma dupla falha de caráter e consequentemente de gestão. Uma pessoa que não se sustenta perante a pressão e busca a evasiva posição de culpar algo externo.


Em muitos casos as pessoas que executaram as tarefas não cometeram nenhum erro, apenas seguiram ordens que lhes foram passadas e este é o ponto mais precioso da gestão. Saber passar a mensagem.
Para que a mensagem (entendemos como atividade) sejam entregues corretamente, não basta repassarmos como chegam a nós, é muito importante nos certificarmos de que a pessoa que a recebe compreende seu grau de importância, os efeitos esperados, como seu trabalho será medido e como esta pessoa é importante no processo como um todo.

O receio em assumir erros e este receio pode escurecer suas habilidades mais geniais. Uma das maneiras como esta dificuldade pode ser superada é o próprio gerente assumir funções do nível de seu subordinado, principalmente aquelas que ninguém queira realizar. Para realizar esta ele precisará de ajuda e ao mesmo poderá contribuir com sua experiência. Sem a "aparência" de superioridade perante seu time, ele contará com o respeito de todos, que ao mesmo tempo saberá que ele entende a dificuldade do que lhes é pedido. 
Independente da solução adotada é necessário entender que a posição de liderança não consiste em subjugar ou apontar falhas. Ela consiste em liderar no sentido mais eficiente da palavra, de forma que todos ao seu redor o reconheçam validamente como lider.


Assumir os próprios erros e do time tem o efeito muito diferente do que é imaginado por quem tem receio de fazê-lo. Seus superiores quando lidam com alguém que assume as falhas até podem repreender a falha, o que é mais do que natural, mas certamente terão a certeza de que podem sempre contar com a sinceridade deste gestor. Outro aspecto muito importante é que assumindo as falhas como sendo do departamento, temos o apoio necessário para corrigi-las.


Algumas máximas para refletir:
"O exercito defende o general que os defende."
"Aquele que se defende apontando falhas de outros, demonstra sua própria fraqueza".





Leitura recomendada: 

Minha equipe é capaz?

Você como gerente já sentiu em algum momento que sua equipe não era capaz para o que era necessário ser realizado?
Uma das preocupações mais comuns é saber o que cada um pode ou não realizar, mesmo falando de funções da expertize pela qual o funcionário fora contratado.
Muitos gerentes são nomeados gerentes por um aspecto além de sua formação que é sua eficiente atuação nos cargos anteriores. Pessoas eficientes geralmente adotam a postura de resolver o que lhes é pedido e criar novos desafios para melhorar o meio em que estão.
Porém, será que todos são assim? Será ainda que este é o perfil adequado para liderar?


Sim, todos buscam melhorar o meio em que vivem de um jeito muito particular e as vezes em áreas que não fáceis de serem identificadas. Evoluir é natural no ser humano e nos enganamos quando julgamos alguém de não fazê-lo, certamente não estamos vendo ou a pessoa está sem as ferramentas para isso, mas ninguém fica bem se não fizer algo produtivo, seja no universo profissional ou pessoal.


Identificar as habilidades e vocações é uma habilidade difícil, mas traz consigo muitos benefícios.
Agora faço novamente a pergunta, será que possuo a equipe capaz ao que preciso que seja realizado?
Porém também devo me perguntar, o que é necessário para identificar as habilidades do meu time e alocar as atividades de acordo com esta vocação?
Infelizmente haverão casos em que esta vocação de fato não condiz com a função ou empresa, este é o caso que pede mudanças, mas a compensação é que nos casos em que o aproveitamento é possível, identificamos uma expressivel melhora nos resultados destes funcionários, que agora passam a sentir que estão "remando" no rumo certo de seus objetivos pessoais.


Conhecer seu time é o primeiro passo para identificar estas habilidades.
Você se surpreenderá com a equipe que tem ao descobri-las.


Como referência a Arte da Guerra, "Conheça a ti mesmo, suas habilidades e fraquezas, fortifique-se eliminando as fraquezas, mantenha suas habilidades".